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JANEIRO ROXO E A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A HANSENÍASE

A médica infectologista da Natus Lumine Maternidade e Hospital Dra. Izabel Salgado.

Infectologista da Natus Lumine Maternidade e Hospital orienta sobre sintomas e tratamento da doença


O mês de Janeiro, também conhecido como Janeiro Roxo, serve para conscientizar a população sobre a importância da detecção e tratamento da Hanseníase, uma doença endêmica no Maranhão, que tem casos registrados nas cidades de São Luís, Imperatriz e Caxias.


Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, que afeta os nervos e a pele. É causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Mas a boa notícia é que tem cura, e o tratamento pode ser feito de forma gratuita pelo SUS. A cura é mais fácil e mais rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.


Segundo a infectologista da Natus Lumine Maternidade e Hospital, Dra. Izabel Salgado, os principais sintomas da doença são: Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; presença de manchas brancas ou avermelhadas na pele, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato nesse local; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; e diminuição da força muscular, como a dificuldade para segurar objetos.


“A recomendação é que a pessoa que apresente alguns desses sintomas procure imediatamente um posto de saúde para que possa ser diagnosticada e em caso positivo, iniciar o quanto antes o seu tratamento que pode ser feito todo pelo SUS. Uma vez iniciado o tratamento o paciente já para de transmitir a doença”, ressaltou a médica.


Vale lembrar que os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior, por onde se dá a contaminação - através de secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro. No entanto, a contaminação é seletiva. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, irão desenvolver a doença, o que tem muito a ver com a genética de cada pessoa. E mais, o período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.


Já a prevenção pode ser feita através do exame dermato-neurológico e com a aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com um portador da doença.

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