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Qualificação da mão de obra portuária traz segurança e eficiência à operação


A Diretora Executiva do OGMO, Ana Cláudia Barbosa, destaca a importância da qualificação, mas a falta de recurso tem sido um limitador

No setor portuário, a segurança e a eficiência das operações são aspectos fundamentais para o bom funcionamento dos portos. Para garantir a excelência nesses processos, os Trabalhadores Portuários e os Trabalhadores Portuários Avulsos desempenham funções essenciais. No entanto, para exercer suas funções com competência e segurança, é necessário que esses profissionais passem por treinamento e ganhem como habilitações requeridas.

Durante o XI Congresso Nacional dos OGMO’S – CONOGMO, realizado na última semana em Brasília, o tema treinamento foi amplamente abordado como uma das pautas principais e um dos maiores desafios para o desenvolvimento e evolução das atividades portuárias.

Para a Diretora Executiva do OGMO Itaqui, Ana Cláudia Barbosa, o tema é de extrema importância uma vez que o investimento em qualificação de profissionais é considerado um ativo importante que impulsiona o desenvolvimento das atividades portuárias. “Por outro lado, para os OGMOS, ao longo dos anos, representa um enorme desafio pela falta de recursos ou pela cara captação dos recursos e ineficiente distribuição para os investimentos em desenvolvimento de pessoas”, destaca Ana Cláudia Barbosa.

De acordo com a Diretora Executiva do OGMO Itaqui, as operadoras portuárias pagam, compulsoriamente, sobre o Montante de Mão de Obra (MMO) 2,5% para o fundo de desenvolvimento e ensino portuário marítimo, conforme a legislação. No entanto, esses recursos que deveriam ser repassados para os OGMOS e aplicados na qualificação do trabalhador são contingenciados pela União.

Ainda segundo Ana Cláudia Barbosa, nos últimos cinco anos cerca de R$ 8 milhões foram pagos pelos operadores associados ao Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo – FDEPM, mas somente R$ 169 mil foram repassados para os OGMOS. “Sem os recursos, as demandas necessárias para a qualificação não podem ser atendidas”, lamenta Ana Cláudia Barbosa.

Durante o encontro nacional, Ana Barbosa propôs a necessidade de estruturar um programa de treinamento e desenvolvimento das competências técnicas, comportamentais e habilidades que estejam alinhadas aos objetivos do negócio dos clientes operadores associados, indo além de um cronograma. “É preciso saber o que faz sentido treinar, quais são as competências necessárias a partir do perfil necessário para uma entrega de valor”, pontuou.

Os Trabalhadores Portuários e Trabalhadores Portuários Avulsos exercem uma variedade de funções cruciais nos portos, como operação de equipamentos, estiva, conferência de cargas, entre outras. Para executar essas tarefas com eficiência e segurança, é indispensável que esses profissionais sejam devidamente qualificados.

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