Após cinco meses de estagnação, a Intenção de Consumo das Famílias de São Luís (ICF) voltou a crescer em dezembro. A pesquisa apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostrou que o indicador apontou alta de +2,1%, encerrando o mês com 78,9 pontos. O avanço na passagem mensal foi possível após a melhora em seis dos sete subindicadores que compõe a ICF, com destaque para aqueles voltados ao mercado de trabalho.
Com crescimento de +5,2% em dezembro, o indicador de Emprego Atual chegou a 88,5 pontos após ser bem avaliado pelas famílias ludovicenses. Este cenário positivo foi incentivado principalmente em decorrência das contratações temporárias de fim de ano, que tendem a ampliar a confiança dos consumidores em seus empregos.
“Com a economia aquecida neste último trimestre do ano, iniciada desde as vendas do Dia das Crianças até as de Réveillon, as oportunidades de trabalho surgem com mais frequência e o volume de demissões diminuem neste período, possibilitando ao trabalhador da capital melhorar a sua renda, se sentir mais seguro e otimista”, observa o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.
Em uma avaliação do mercado de trabalho no médio prazo, o índice de Perspectiva Profissional - que apura a confiança do consumidor no emprego para os próximos seis meses – encontra-se num patamar ainda melhor. Na passagem de novembro para dezembro, o subindicador cresceu +1,9% e está posicionado na zona de otimismo desde agosto de 2021, encerrando o mês de dezembro com 115 pontos.
A recuperação dos índices de Emprego Atual e Perspectiva Profissional também ajudaram positivamente o indicador de Renda Atual, que há quatro meses não ultrapassava a zona de satisfação. Após subir +1,2% em dezembro, o índice fechou o mês com 100,4 pontos. O impacto da geração de emprego nas últimas semanas de 2022 garantiu um fôlego para que as famílias de São Luís melhorassem a intenção de consumo mais fortemente no último mês do ano.
“Esta ampliação da renda atual é creditada ao equilíbrio que as famílias ludovicenses conseguiram estabelecer entre a capacidade de gastar com a de conseguir quitar suas dívidas. Isto explica a desaceleração no consumo doméstico no primeiro semestre do ano de 2022, fato que está atrelado à queda no endividamento e inadimplência na capital nos últimos meses. Ou seja, os consumidores frearam o seu consumo para direcionar parte da renda ao pagamento das contas já adquiridas”, completa Feijó.
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